Riscos socioambientais: o que é e como as empresas podem evitar?

Em 1987, nascia um conceito que mudaria a essência de muitas empresas. O documento “Nosso Futuro Comum” era anunciado para a comunidade internacional com objetivo ambicioso: incentivar o desenvolvimento de negócios sustentáveis por meio da preservação do meio ambiente.

Apresentado pela ex-ministra da Noruega Gro Brundtland, o relatório chamava a atenção para a responsabilidade dos agentes econômicos no tema. E pedia um “desenvolvimento que satisfizesse as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”.

Passadas mais de três décadas, o discurso do futuro comum não apenas continua vivo como ganhou mais relevância. É notável o aumento da mobilização da sociedade em torno do assunto, o que provoca mudanças de postura das empresas.

Segundo pesquisa publicada no site 6 minutos, os consumidores aceitam pagar mais para comprar produtos de marcas sustentáveis. E os efeitos desse comportamento já são sentidos no mundo empresarial.

Na esteira das preocupações levantadas na década de 1980, nasceram os princípios ESG (Environmental, Social and Governance), sigla que identifica empresas comprometidas com questões ambientais, sociais e de governança.

Nos últimos anos, vemos o aumento dos investimentos em organizações que adotam boas práticas de ESG, um sinal claro para a relação promissora entre negócios e sustentabilidade e responsabilidade social.

Neste post, veja o que são riscos socioambientais, sua importância, os tipos, como as empresas podem evitá-los e como a tecnologia pode ajudar nesse processo. Acompanhe!

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O que são riscos socioambientais?

Riscos socioambientais são potenciais danos gerados ao meio ambiente pela atividade econômica e que, portanto, podem ter origem em setores variados.

Além da organização causadora do dano ambiental, existem agentes externos que podem ser considerados corresponsáveis em caso de ocorrências dessa natureza.

É o caso das instituições financeiras. Ao aprovar a concessão de crédito para projetos ambientais, por exemplo, elas se tornam parte da cadeia de fornecimento e podem ser responsabilizadas em eventuais problemas.

Gerenciar os riscos envolvidos, portanto, é de suma importância.

Segundo resolução do Banco Central, um processo eficiente de gerenciamento de riscos socioambientais contempla as seguintes etapas: 

I- Sistemas, rotinas e procedimentos que possibilitem identificar, classificar, avaliar, monitorar, mitigar e controlar o risco socioambiental presente nas atividades e nas operações da instituição;

II – Registro de dados referentes às perdas efetivas em função de danos socioambientais, pelo período mínimo de cinco anos, incluindo valores, tipo, localização e setor econômico objeto da operação;

III – Avaliação prévia dos potenciais impactos socioambientais negativos de novas modalidades de produtos e serviços, inclusive em relação ao risco de reputação; e

IV – Procedimentos para adequação do gerenciamento do risco socioambiental às mudanças legais, regulamentares e de mercado”.

Quem fiscaliza os riscos socioambientais?

Os riscos socioambientais são acompanhados por vários órgãos em maior ou menor grau e têm no Banco Central seu principal vigilante.

BACEN

Em 2014, o Banco Central anunciou a Resolução nº 4.327 com o objetivo de traçar diretrizes para o tema. O documento orienta o estabelecimento e a implementação da Política de Responsabilidade Socioambiental (PRSA) pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar.

De acordo com o órgão regulador, as empresas devem implementar as ações; monitorar o cumprimento das ações estabelecidas; avaliar a efetividade das ações implementadas; verificar a adequação do gerenciamento do risco socioambiental estabelecido; e identificar eventuais deficiências na implementação das ações.

À época do anúncio da resolução, o então presidente do BACEN, Alexandre Tombini, destacou que as diretrizes acompanhavam as melhores práticas internacionais.

CVM

A Comissão de Valores Mobiliários também monitora o tema de perto e cobra ações por parte das empresas do mercado de capitais.

“A emergência dos riscos socioambientais deve ser considerada pelo regulador, a CVM, na regulação e na supervisão”, afirmou o diretor da entidade, Henrique Machado, em matéria repercutida pela Época Negócios.

Segundo ele, é preciso fomentar a emissão de títulos verdes no mercado de investimentos nacional, além de padronizar as informações relacionadas às questões desse universo para a melhor compreensão do ecossistema.

Conforme informa a Folha de São Paulo, a CVM exige das organizações mais transparência em relação à divulgação de fatores de riscos sociais, ambientais e climáticos.

Qual a importância da responsabilidade social e ambiental nas empresas?

O gerenciamento do risco socioambiental traz ganhos em frentes variadas para as empresas. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, sustentabilidade e lucratividade podem, sim, coexistir.

“Empresas com princípios ESG embutidos em sua estratégia de crescimento de longo prazo podem mitigar riscos e impulsionar o crescimento lucrativo investindo em inovações sustentáveis ​​que impactam positivamente o mundo”, diz a entidade.

Neste contexto, a área de Compliance tem papel determinante na verificação de sistemas, modelos e procedimentos, bem como na conscientização do tema por toda a organização. 

Ainda segundo o Fórum Econômico Mundial, a implementação de um programa de governança corporativa robusto facilita a atração (e retenção) de talentos e a geração de campanhas de marketing eficientes a favor do posicionamento estratégico da empresa.

Entenda como o setor de Compliance pode apoiar negócios mais eficientes e seguros na prática.

Quais são os benefícios dessa prática?

Infográfico: Quais os benefícios da gestão de riscos socioambientais

Além das vantagens citadas acima, como atração e retenção de talentos e um melhor posicionamento da marca, ao adotar práticas de gestão de risco socioambientais, a empresa pode se beneficiar de diversas maneiras. Destacam-se:

  • Melhores resultados: a partir da avaliação dos possíveis impactos de um projeto, torna-se mais fácil fazer modificações já nos seus estágios iniciais, reduzindo seus impactos e potencializando seu desempenho.
  • Maior aceitação de projetos: ao engajar as partes interessadas (sociedade, empresas, comunidade ao redor etc.) em um determinado projeto, é possível conhecer melhor suas preocupações e levá-las em consideração para o desenvolvimento de ações que geram menos atrito e aumentam a percepção positiva dessas medidas.
  • Melhor gerenciamento de riscos: antes mesmo de colocar as ações em prática, os riscos socioambientais podem ser identificados. Isso permite a elaboração de um plano de mitigação para que a empresa possa atuar de forma a minimizar seus impactos e reduzir as chances de possíveis acidentes.
  • Melhoria na imagem: como vimos, no mercado atual, ser vista pelo mercado (investidores, parceiros e consumidores) como uma instituição preocupada com questões sociais e ambientais é fundamental para valorizar a marca e melhorar a reputação da empresa.
  • Conquista de novos mercados: com melhores resultados, ações de mitigação e uma imagem positiva, a organização ganha em competitividade e atratividade, abrindo portas para novos negócios, mercado e até mesmo financiamentos.

Por fim, vale destacar que a empresa que realiza uma gestão eficiente dos riscos socioambientais consegue reduzir custos em diferentes frentes: operacionais, com possíveis multas e sanções, por meio da mitigação de riscos de acidentes, pagamentos de seguros, entre outros.

Isso só é possível, diga-se, graças às políticas de compliance, que garantem a conformidade com os requisitos legais e regulatórios cabíveis è empresa e, como comentamos, conscientiza e capacita todos dentro da organização.

Quais são as normas de riscos socioambientais?

As normas de riscos socioambientais abrangem todo o escopo de operações relacionadas ao tema.

Segundo o Bradesco, as normas de risco da entidade envolvem operações de crédito e financiamentos; financiamento de projetos (incluindo setores específicos); análise de riscos pré-existentes; atividades econômicas com exposição ao risco socioambiental; contratação e monitoramento das operações e análise de fornecedores.

Quais são os tipos de riscos socioambientais?

Infográfico: Quais são os tipos de riscos socioambientais?

Os danos empresariais ocasionados por irregularidades ambientais afetam as empresas das seguintes maneiras:

Risco de mercado

Segundo avaliação do Credit Suisse, esse risco consiste em “perdas resultantes da desvalorização de ativos em decorrência de evento socioambiental”.

Um exemplo prático foi a desvalorização de R$ 71 bilhões de valor de mercado sofrida pela Vale após o rompimento da barragem de Brumadinho, em 2019, segundo o Estado de Minas.

Risco de crédito

Acontece quando a parte financiada se torna inadimplente devido à responsabilização por danos socioambientais.

Neste caso, o impacto recai também sobre a instituição bancária que concedeu o crédito para viabilizar o projeto.

De acordo com o BNP Paribas, esse tipo de risco é definido como a “possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, bem como eventos externos. Inclui-se, também, o risco legal associado à inadequação ou deficiência em contratos firmado”.

Risco de reputação

Trata-se do risco de imagem relacionado ao financiamento e à execução de projetos que possam trazer prejuízos ao meio ambiente e à sociedade.

3 exemplos de riscos socioambientais

Em seu site, o Santander compartilha exemplos de operações suspeitas para as quais se faz necessário análise rigorosa para gerenciamento de riscos.

Exemplo 1

“Foi identificado que um cliente em prospecção do setor madeireiro utilizava madeira nativa em seus produtos e não possuía certificação FSC.

Em função da não conformidade com a Política de Risco Socioambiental, entre outros motivos, o Santander não deu início ao relacionamento com o cliente”.

Exemplo 2

“Na análise do projeto de uma Linha de Transmissão (LT) próxima a uma área de Comunidade Remanescente de Quilombo, foi identificado que a Fundação Cultural Palmares não havia sido consultada no processo de licenciamento ambiental.

Como condição para aprovar a operação de crédito, o cliente formalizou consulta junto à Fundação, que deu a sua anuência para o projeto”.

Exemplo 3

“Foi identificada, em um projeto de cliente do setor agropecuário, uma possível sobreposição da área que seria beneficiada com uma Unidade de Conservação.

Aprovamos a operação após o cliente nos apresentar um documento formal da Fundação Florestal demonstrando que não há sobreposição, mas sim que as áreas são confrontantes”.

As cores utilizadas para identificar os riscos socioambientais

Além dos riscos ambientais de mercado, existem aqueles voltados para os locais de trabalho e que estão diretamente vinculados ao bem-estar dos colaboradores.

São eles: 

  • Físicos: quando as condições não são adequadas; 
  • Químicos: quando há exposição a substâncias que causam mal à saúde;
  • Biológicos: quando há presença de vírus ou agentes prejudiciais;
  • Acidentes mecânicos: quando maquinários podem provocar acidentes de trabalho; 
  • Ergonômicos: caracterizado por esforço intenso ou trabalhos repetitivos.

Cada tipo de risco tem uma cor associada. O químico, considerado o mais grave, recebe a cor vermelha; o risco mecânico é identificado pela azul; o risco biológico, roxa; o risco físico, verde; e o risco ergonômico é caracterizado pela cor amarelo.

Para nortear as ações das empresas, foi criada, em 1978, a Norma Regulamentadora nº 5. Trata-se de um conjunto de medidas a serem adotadas para prevenir acidentes de trabalho.

A partir das diretrizes da NR 5, as instituições podem elaborar mapas de risco e planos que permitem agir preventivamente em caso de situações que possam colocar a segurança dos trabalhadores em risco.

Importante citar, ainda, a Norma Regulamentadora nº 9, que “estabelece os requisitos para a avaliação das exposições ocupacionais a agentes físicos, químicos e biológicos quando identificados no Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR”;

Empresas que trabalham com a responsabilidade social e ambiental

A responsabilidade social e ambiental é um compromisso adotado por empresas que pretendem ir além do discurso.

Ser uma “organização verde” significa atender às diretrizes e direcionar ações de acordo com as boas práticas desse universo.

E não basta apenas agir. É preciso inspirar todo o ecossistema ao redor.

Como observa o Childfund Brasil, empresas engajadas reduzem o impacto ao meio ambiente, educam seu público-alvo a fazer o mesmo, criam líderes ambientais e utilizam produtos naturais.

Algumas empresas brasileiras que costumam figurar em rankings de sustentabilidade são: Natura, Bradesco, Ambev, Localiza, Ultrapar, entre outras.

Expectativas para o mercado ambiental nos próximos anos

Estudos recentes apontam para a piora da preservação ambiental no Brasil. Segundo o G1, o desmatamento na Amazônia em 2020 foi três vezes superior à meta proposta pelo País para a Convenção do Clima.

A falta de políticas eficientes para o meio ambiente em território nacional tem impactado a economia.

A Folha de S.Paulo informa que o risco ambiental fez o país receber investimentos proporcionalmente menores que os de seus pares emergentes em 2020.

Tais constatações reforçam a importância da adoção de uma agenda voltada à responsabilidade social e ambiental para os próximos anos.

Como as empresas podem se adequar a essa realidade?

A maioria das empresas já percebeu que esse é um caminho sem volta. Investir em boas práticas ambientais significa traçar estratégias em linha com valores elogiados por investidores e consumidores.

Mas como saber se as empresas são sustentáveis? O banco Neon compartilhou alguns dos principais critérios utilizados para essa classificação e que servem de guia para gestores interessados em adaptar suas operações.

Organizações engajadas com a responsabilidade social contribuem com a proteção, defesa e melhoria do meio ambiente. Elas também se preocupam em construir locais de trabalho que ofereçam bem-estar e segurança para os colaboradores.

Outras características comuns são: fazer uso racional e eficiente de recursos naturais, investir em tecnologia para otimizar processos e minimizar impactos ambientais, e adotar políticas de inovação, como energias renováveis e economia circular.

Além disso, empresas comprometidas com a causa sustentável buscam agregar valor para o ecossistema em que atuam por meio de políticas de inclusão e procedimentos éticos com benefícios a terceiros.

Como minha empresa pode evitar os riscos socioambientais?

Infográfico: Como minha empresa pode evitar os riscos socioambientais?

Toda empresa possui algum grau de exposição a riscos socioambientais e, como vimos, pode ser responsabilizada em caso de dano, o que pode gerar uma série de prejuízos. Para reduzir as chances de problemas, é preciso contar com um plano de prevenção de riscos eficaz. Algumas etapas fundamentais são:

Levantamento de riscos

O primeiro passo para evitar riscos socioambientais é realizar um planejamento estratégico. Essa medida vai permitir reconhecer os riscos inerentes à atuação da empresa e, em um segundo momento, identificar sua localização e os pontos que podem, de fato, ser controlados.

Nesta etapa, ainda é importante definir políticas internas claras em relação a esse tipo de riscos. Isso envolve um alinhamento entre questões legais e regulatórias e as atividades da empresa. Ou seja, a prevenção de riscos socioambientais está diretamente relacionada à governança corporativa.

Adoção de medidas preventivas

A empresa deve sempre priorizar a tomada de ações preventivas em oposição às tratativas. Uma vez que os riscos foram reconhecidos, é imprescindível monitorá-los constantemente. A ideia é evitar que esses riscos sequer se materializem, o que se reflete em ganhos tanto operacionais quanto financeiros, uma vez que evita perdas em função de acidentes.

Implementação de um plano de mitigação

Nesta etapa, vale a pena fazer um adendo: mitigar não é sinônimo de eliminar. A eliminação de riscos tornaria a tarefa muito mais complexa, se não impossível. Por isso, a maior parte das empresas direcionam seus esforços para minimizar os impactos das ameaças na organização.

A estratégia para a mitigação dos riscos deve ser entendida como um processo para a seleção dos mecanismos de controle, prevenção e monitoramento de riscos a serem implementados para reduzir os impactos desses eventos.

Adoção de ações de remediação

Todas as medidas anteriores buscam evitar que os riscos socioambientais se concretizem ou tomem proporções indesejáveis. No entanto, isso nem sempre é possível. Por isso, a empresa precisa ir além do plano de mitigação e ter na manga ações de remediação já definidas e estruturadas para reverter os danos causados.

Isso vai evitar que ela seja pega de surpresa (inclusive financeiramente) e vai permitir respostas mais rápidas para possíveis crises.

Como a Neoway pode ajudar a sua empresa a ter responsabilidade social

Por meio de uma plataforma robusta, a Neoway realiza a análise precisa de dados para revelar insights relevantes sobre o universo pesquisado.

No caso de riscos ambientais, conforme alerta o Santander, é fundamental conferir licenças ambientais, autorizações, multas, infrações, indícios de irregularidades e outros dados que são essenciais para a tomada de decisão.

Essa é a vantagem da plataforma da Neoway para a sua empresa: prover acesso a informações valiosas que permitam reduzir ao máximo o risco socioambiental de maneira eficiente, rápida e segura, utilizando filtros customizáveis.

Nossas soluções de Risk & Compliance abrangem ferramentas como:

  • Neoway Compliance: ferramenta para a realização de diligência prévia completa e gestão de compliance para análise e prevenção de discos. Permite o acesso a dados e variáveis modeladas sobre os públicos de interesse, facilitando a tarefa de encontrar informações jurídicas e reputacionais sobre empresas e pessoas de todo o Brasil.
  • Neoway Watcher: voltado para o monitoramento contínuo para decisões de compliance e prevenção de riscos. Ele fornece acesso a informações de todas as empresas do Brasil, permitindo monitorar empresas e sócios e padronizar as políticas de compliance por toda a organização. Além disso, a ferramenta conta com uma funcionalidade de alertas, que avisa sempre que forem detectadas ações suspeitas ou fora do comum.

Instituições financeiras: monitore riscos de grupos de interesse

Conclusão

A adoção de práticas sustentáveis favorece os negócios, as pessoas e o planeta. Gerenciar riscos socioambientais significa ter comprometimento com operações comerciais responsáveis, o que gera confiança para todas as partes interessadas.

Além disso, empresas que fazem uma boa gestão do tema afastam eventuais danos legais, operacionais e de reputação que podem prejudicar a credibilidade da marca.

E, como vimos ao longo do texto, o apoio da tecnologia é imprescindível para evitar erros.

São os dados que esclarecem dúvidas, mostram caminhos adequados e constroem cenários consistentes. Isso porque ter informação de qualidade nas mãos é fundamental para tomar decisões mais conscientes.

Consciência, aliás, parece ser a palavra que melhor resume o movimento em torno dos princípios ESG. Atualmente, não basta ter um bom produto ou serviço; é preciso transmitir para o mercado – e para os consumidores – valores que vão além do próprio lucro.

Entenda mais sobre os benefícios do departamento de compliance como parte da estratégia das empresas: ouça o podcast A importância do Compliance como pilar de negócios, com a participação de Luciana Silveira, CCO na Neoway, e de Marcelo Zenkner, Co-Head do grupo de Práticas Regulatórias no escritório Tozzini Freire Advogados.